Dia 12 de maio é o Dia Internacional das Mulheres na Matemática! Uma data para celebrar nossas conquistas e lutas.
A data foi escolhida em 2018 como homenagem ao aniversário da primeira mulher a conquistar a medalha Fields, Maryam Mizarkhani.
Neste dia é importante lembrar que apesar das conquistas ainda há muito para buscar.
O estudo de Sexo e Raça em Matemática publicado em 2023 pela Comissão de Gênero e Diversidade (SBM/SBMAC), em parceria com a Associação Brasileira de Estatística, apontou que, apesar das mulheres representarem 58,8% dos concluintes no ensino superior em 2009, sua presença nos cursos de Matemática segue desigual. Entre os ingressantes nesses cursos, a participação feminina se manteve estável (cerca de 40%) de 2009 a 2019, com tendência de queda no Bacharelado: de 39% (2009) para apenas 28% (2019).
Na Licenciatura a presença feminina é maior do que no Bacharelado, refletindo uma tendência histórica de maior participação das mulheres em áreas ligadas ao ensino e ao cuidado.
Quando olhamos para o quesito raça, o estudo mostra que a desigualdade para mulheres pretas e pardas é ainda maior. Enquanto elas representam em torno de 35,82%(pretas) e 39,27%(pardas) das ingressantes, as mulheres brancas chegam aos 44,27%. Destas mulheres, concluem os cursos 40,45% de mulheres pretas, 45% de pardas e 51,81% de brancas, mostrando que estas últimas conseguem alcançar um lugar que as demais não chegam.
Essa disparidade de gênero e raça na ciência irá refletir nos locais de decisão, nos quais temos pouquíssimas mulheres e raríssimas mulheres negras.
Diante disso, sabemos que ainda há muito a avançar para garantir equidade também nas áreas mais técnicas das ciências exatas. E por isso, desejamos que esse dia nos lembre que as mulheres Matemáticas precisam de mais espaço, reconhecimento, incentivo e apoio financeiro às pesquisas e projetos feito por mulheres e para mulheres! E que elas não ficarão inertes a esse cenário.